Homem é preso após incitação ao ódio contra negros, mulheres e cristãos em primeira prisão preventiva por racismo no PA
17/12/2024
Prisão ocorreu na passagem José Alencar, no bairro da Marambaia, em Belém. Pará realiza primeira prisão preventiva por crimes de racismo.
Ascom/PC
Um homem foi preso preventivamente nesta terça-feira (17) por crimes previstos na Lei de Racismo. A prisão ocorreu na passagem José Alencar, no bairro da Marambaia, em Belém.
Segundo a Polícia Civil, a operação, chamada de “Miasma”, representa a primeira prisão preventiva do Pará por crime de racismo.
O suspeito é investigado por realizar comentários ofensivos e de incitação ao ódio contra diversos grupos, como negros, mulheres e crianças e cristãos.
O homem também promovia apologia a crimes violentos, incluindo estupro de vulneráveis e mencionava ter armas de fogo.
ação foi conduzida pela Delegacia de Combate aos Crimes Discriminatórios e Homofóbicos (DCCDH).
Ascom PC
“Os policiais encontraram diversas armas brancas, como facas, canivetes, machadinhas, soco-inglês e sprays de pimenta. Além disso, três notebooks e dois celulares foram apreendidos e encaminhados para perícia”, diz a delegada Adriana Norat.
O mandado de prisão foi expedido pela 1ª Vara de Inquéritos e Medidas Cautelares de Belém e os agentes também cumpriram um mandado de busca e apreensão.
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Investigações
De acordo com o delegado-geral Walter Resende, a investigação teve início após a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos, da Polícia Civil do Mato Grosso, receber uma denúncia sobre o comportamento de um perfil online
“Durante as diligências, foi constatado que o perfil não residia em Cuiabá mas que pertencia, na verdade, a um morador de Belém. Com essas informações, o caso foi encaminhado à DCCDH, que intensificou as investigações”, afirma.
Segundo o titular da Delegacia de Combate aos Crimes Discriminatórios e Homofóbicos (DCCDH), delegado Janilson Gomes, a operação “Miasma” tem referência ao conceito grego antigo de “impureza”, que, acreditava-se, o que era impuro deveria ser eliminado para o bem comum.
A operação contou com o apoio da Polícia Científica do Estado do Pará (PCEPA), responsável pela coleta dos vestígios criminais. O suspeito encontra-se à disposição da Justiça e aguarda o andamento dos procedimentos legais.
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